“Apenas os pequenos segredos precisam ser guardados, os grandes ninguém acredita” (H. Marshall)

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Da Iniciação à Iluminação


A Iniciação moderna deve ser buscada tendo em vista a conquista maior e “final” da Iluminação real. Por isto, as antigas Escolas de Iniciação, hoje estão sendo absorvidas pelas Escolas de Iluminação que, num certo sentido, começaram já a existir na Atlântida, para uma pequena elite, mas que hoje finalmente abrem as suas portas para “toda” a humanidade.
Desde o ponto de vista racial, a Iniciação é uma realidade atávica, culturalmente falando, ainda que na prática, poucos a tenham alcançado mesmo em outras vidas.

A Iniciação é a ante-sala da Iluminação

A diferença é a mesma que existe entre um rio e o oceano ou, mais abstratamente, entre o tempo e a eternidade. O mesmo se poderia dizer da correlação entre o cálice e a espada no celtismo, ou entre o lótus e a jóia do budismo, que também reserva no Tibet o símbolo de Lung-ta, o cavalo sagrado que leva a jóia Chintamani, palavra que significa “mente-jóia”, evocando da mesma forma o conceito budista de Bodhicitta, “mente iluminada”.
Contudo, a sensação de “chegada ao objetivo” na iluminação pode ser algo aparente. Desde o ponto-de-vista do próprio caminho, a chegada é realmente um fim, porém, para aquele que alcança, ela é somente um novo começo, com todo um novo e inédito campo de explorações.
A ponte que leva até a outra margem do rio, é o antahkarana ou o “canal interior” de luz que o discípulo tece através do seu pensamento e sentimento, sendo realizada, segundo Alice A. Bailey, através da Técnica da Invocação e da Evocação, quer dizer, mediante o emprego científico do som, assim como dos princípios ocultos que o completam que são luz e amor, visando através disto a “reintegração da Mônada”, que é uma forma de descrever o mecanismo da Iluminação.
Existem muitas formas de classificar o Caminho iniciático, e as diferentes Escolas definem os passos de maneira particular. A Teosofia trabalha com três planos ou graus, antes da iluminação. Já a Alquimia, quiçá inspirada no Trismegisto, trata da Obra Trina: a fase em Negro (“Nigredo”, purificação), a fase em Branco (“Albedo”, exaltação) e a fase em Vermelho (“Rubedo”, glorificação).
A seguir, citamos uma passagem da nossa obra “Alquimia Espiritual” (Ed. Agartha).

Resumo da Alquimia Espiritual

“A técnica de Invocação e Evocação pode ser caracterizada de maneira tríplice, e na realidade isto se refere às três modalidades superiores de Palavras conferidas à humanidade, a saber, a Palavra Falada, a Palavra Sagrada e a Palavra Oculta. 

“Caracteriza a primeira a prática de apelos e orações, verbais e exotéricas.
"A segunda se expressa mediante bija-mantras como o AUM ou o AMÉM, que deve abrir e encerrar as meditações e orações diárias.
"Ao passo que a terceira representa a ‘Palavra Perdida’ da Maçonaria, o aspecto oculto do Logos divino.
“Estas três Palavras dizem respeito, pois, a técnicas fundamentais para a construção do Antahkarana, a ‘Ponte do Arco-Íris’ que reúne o oculto ao manifesto, e de certa forma se encontram representadas nestas duas gravuras egípcias das Capelas da tumba de Tutankamon.

1. Fase “Lunar” (acima): A Personalidade, síntese dos Três Mundos materiais: INVOCAÇÃO da luz (fortalecimento de kundalini) pela ação do fogo espiritual ("fogo" é o símbolo situado sobre a cabeça das serpentes), sob a ação do Verbo místico. Esta é a fase da Iniciação.
2. Fase “Solar”: O Corpo Causal, a Tríade espiritual. EVOCAÇÃO da luz (ascensão de kundalini), pela ação ativa do Verbo oculto. Esta é a fase da Iluminação.

"Em ambos os casos, é notória a representação de que aquilo que acontece com o iniciado(a), também acontece com a serpente... O que temos na prática, pois, em cada caso, é o emprego de uma dupla-linguagem para o mesmo processo místico.
“Trata, pois, das Duas Etapas da Técnica solar de construção do Antahkarana, através da Ciência da Invocação e da Evocação. No caso, o tema trata de maneira toda especial das duas últimas modalidades de Palavra mística.
“Este duplo processo representa a formação e a elevação das energias telúricas, anteriormente esparsas e depois congregadas e transformadas sob o fogo-de-manas. 

"Na fase 1, temos a condição discipular representada pela múmia que simboliza a crisálida ou a alma em gestação. Na fase 2, vemos o trabalho operativo de invocação e evocação, de modo efetivamente transformador. Todo o processo se encontra detalhado nos hieróglifos que acompanham as gravuras, ainda que de forma velada e simbólica.
"Naturalmente, maiores detalhes sobre estes mecanismos não podem ser abertamente conferidos, cabendo ao discípulo recebê-los diretamente de um instrutor qualificado, capaz de orientar o buscador em cada etapa de sua jornada interna.”

Estas imagens presentes nas Capelas da Tumba de Tutankamon, trazem processos de Agni Ioga como os descritos por Alice A. Bailey, de forma mais clara em “Miragem” e mais oculta em “Educação na Nova Era”. Com variantes, o tema é focalizado por Helena Roerich, que também chama de “Ciência Solar” (Surya Vidya), “há muito conhecido na Índia”. Nota-se daí ser um dos Ensinamentos esotéricos das Origens áureas, que agora vem sendo revitalizado para favorecer as novas Origens. São parte do "Plano da Hierarquia de preparação da Humanidade para a Nova Era", revelado por Alice A. Bailey. As imagens mostram o focar um ponto de luz, usar mantras para invocação e evocação e ascender kundalini (iluminação). As imagens descrevem aquilo que se realiza na técnica da iniciação solar. Inicialmente, cabe contatar uma “fonte” de energia externa, que a rigor deve ser criada no próprio campo mental do meditante, mas também pode se valer de referências externas como o Sol ou a própria aura do Mestre. Trata-se do processo do qual os antigos rosacruzes afirmaram: “Se queres ter acesso ao fogo, acende uma chama”.
A técnica é única e demanda envolver esta imagem de luz com som e sentimento, reunindo assim a Tríade espiritual (coração, garganta e fronte), com vistas à reintegração monádica, dentro de uma etapa que ainda deve ser considerada “invocativa” e pelo uso da Palavra Sagrada OM. As serpentes da base da cena, ostentam o símbolo do fogo, sinalizando que se trata de concentrar “energia”, “vitalidade” e “consciência”. O procedimento se vale, pois, da premissa ocultista “o som é o veículo da energia”. A figura do iniciado, que é masculina, tem uma postura de múmia, quer dizer, ela é internamente estática, contemplativa.

A segunda imagem, deixa mais delineado o uso do som, e mostra uma ativação direta da serpente, que receba das mãos do iniciado um fluxo de energia, nas duas correntes opostas que compõe Kundalini. Esta figura central, que é feminina e mais dinâmica, ostenta no seu corpo símbolos espirituais, do Sol e de estrela, mostrando que ela está ativando a sua iluminação pelo uso da Palavra Perdida IAO. Aqui temos o campo dos Novos Mistérios, que de certa fora integram já os Mistérios Maiores, porque dizem respeito à Iluminação e ao Sendeiro de Retorno.
Estes “Mistérios da Outra Margem”, têm sido até hoje mais explorados ao nível da Hierarquia. Este “novo e inédito campo de explorações” reserva, pois, muitas descobertas para a humanidade, dentro daquilo que se tem chamado de “Mistérios do Coração”, envolvendo acima de tudo o sacerdócio perfeito, centrado nos mistérios da iluminação plena e nas almas-gêmeas.

Assim, a evolução da humanidade possibilita que a palavra “iluminação” adquira hoje uma conotação muito mais ampla, real e definitiva, do que em outros tempos quando apenas os mestres tinham a ela um acesso real e efetivo. Com isto se abrem os tempos das profecias sobre a consumação da evolução humana e da imortalidade d’alma...
Muitos confundem a “salvação” e a “reencarnação” com a própria imortalidade, porém estes mecanismos são meramente provisórios e demandam este saltum quântico final, para se consolidar de fato uma consciência eterna sob a luz do Espírito.

Da obra “Noozonas – Bases da Noosfera”, LAWS, Ed. Agartha.

Leia também
O Pramantha– técnica & cânone da Iniciação
Chave-Trina: recapitulação final pró-umbral de 2012


Assista aos vídeos
A Iniciação Espiritual
A Iluminação Científica


* Luís A. W. Salvi é autor polígrafo com cerca de 150 obras, e na última década vem se dedicando especialmente à organização da "Sociologia do Novo Mundo" voltada para a construção sócio-cultural das Américas.
Editorial Agartha: www.agartha.com.br
Contatos: webersalvi@yahoo.com.br 
Fones (51) 9861-5178 e (62) 9776-8957

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Um comentário:

  1. Bom dia,

    Gostaria de compartilhar este texto!

    Ele contém uma pesquisa sólida embasada em dados históricos, etimologia, estudo das linhagens druídicas, dados sobre Iolo Morganweg e as linhagens subsequentes a partir daquela que ele engendrou, buscando elucidar fatos diversos mantidos ocultos por parte de diversas pessoas ao redor do planeta.
    ...
    https://www.academia.edu/33831926/DRUIDISMO.pdf
    ..
    Abraços.

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