“Apenas os pequenos segredos precisam ser guardados, os grandes ninguém acredita” (H. Marshall)

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O Segredo da Consciência

Pouca gente parece compreender hoje que a verdadeira evolução humana foi interior, e que somente em datas muito recentes é que a humanidade tem se voltado para o exterior, ou seja, para desenvolver as coisas materiais. E este fato faz toda a diferença na resolução dos caminhos da humanidade.

De modo que por mais que a humanidade tente voltar-se para fora, o seu destino está inelutavelmente marcado pelo desafio da transcendência, sob pena da sua extinção completa como espécie, e talvez nem mesmo assim. De sorte que o trabalho planejado para ela tem sido feito, para bem e para mal. As verdadeiras potências deste mundo estão todas nos planos internos, e desde lá manejam os acontecimentos fora. 

A consciência representa um dos maiores enigmas do Universo, e a Ciência não sabe nem por onde começar a pesquisar, temerosa de terminar encontrando coisas que ela sempre negou. Entre outros fatores, a consciência humana está constituída por uma complexa rede de energias às quais tem acesso através das faculdades sutis desenvolvidas por nossa espécie, mediante dons como a telepatia, a intuição e a mediunidade; apenas para mencionar as mais comuns. E naturalmente evolui através da cultura e da educação.

Como tudo o mais, a consciência não é algo que foi dada pronta para a humanidade, mas uma conquista da própria cultura, e talvez a maior e a mais importante delas. E é por isto mesmo que ela ainda oscila e pode ser desenvolvida ou apagada em cada ser humano.

As pessoas julgam ingenuamente que tal despertar tardio para a matéria deveu-se ao estágio primitivo da humanidade de então, mas este não passa de um preconceito. A realidade é que somente agora a humanidade foi liberada para encarar o seu ansiado “progresso” material, porque espiritualmente ela já estaria preparada para enfrentar as consequências daquilo que possa disto resultar.

Nós não negamos que a evolução humana decorreu amplamente em função do aumento das suas habilidades pragmáticas no plano físico. Não obstante, mesmo assim é muito importante observar aqui duas questões: a. o longo período em que as espécies permaneceram em estágios culturais considerados relativamente primários -mais de 99% da experiência humana ocorreu durante o período Paleolítico, e b. o peso inegável (ainda que subestimado e pouco conhecido) da espiritualidade e da religiosidade no decurso de sua existência até os nossos dias.

O Homo sapiens conviveu longamente com espécies mais antigas e conheceu os seus experimentos espirituais, adotando as suas práticas e por vezes aprimorando-as. Certamente aquelas espécies também controlavam as coisas, impedindo o surgimento de grandes novidades.

A espiritualidade tem sido através dos tempos a grande reserva de consciência da humanidade, através de seus porta-vozes, impedindo que ela se jogasse em aventuras temerárias precocemente e sem necessidade. Hoje já é possível compreender o quanto estavam certas todas aquelas autoridades que deram às humanidades outras direções e lhe auxiliaram a descobrir novas dimensões da existência. Tudo isto é válido até mesmo quanto à sua evolução física e sua integridade física essencial, porque pesquisas modernas têm demonstrado que no final das contas as formas de vida consideradas primitivas poderiam ter ajudado o ser humano a preservar melhor a sua saúde física. 

O preconceito contra a vida natural e espiritual tem servido de viseira para não se enxergar outras realidades, e o mais interessante é que também se trata esta de uma viseira mágica, e não propriamente científica ou isenta. Esta é ainda uma viseira muito ideológica feita de maya, de ilusão, de obsessão e de feitiço -o que apenas prova aquilo tudo que estamos aqui afirmando. Estes são resquícios da magia antiga que desejava agarrar-se a este mundo com unhas e dentes, havendo sido capaz de realizar as mais impensáveis aberrações para evitar a morte de consciência, à diferença de que antes estes meios eram mais sutis e agora serão materiais. Contudo, estes novos esforços tampouco deverão prosperar, porque são delírios e deverão ser interrompidos por alguma crise terminal como sempre acontece quando a opressão e a insanidade chegam a graus muito elevados.

A realidade é que tudo foi meticulosamente planejado para ser assim, de acordo com os ditames do Altíssimo. Para os Iniciados não existem fronteiras rígidas entre este mundo e os outros. Quando alguém fecha as portas dos sentidos, outras janelas se abrem para mundos desconhecidos. E estes mundos são tão ou mais ricos e populosos do que este.

Para ter acesso àqueles mundos é preciso realizar um treinamento intensivo. Algumas pessoas fortes podem conseguir vislumbres deles através de artifícios, muito embora se costume pagar um preço alto demais por tais experiências. Seu valor está unicamente em fornecer algumas informações, para aqueles que sentem-se minimamente preparados, e depois a pessoa deverá buscar o acesso a eles através de técnicas apropriadas. A consciência é a estrutura mais complexa do universo, pois representa uma ferramenta para explorar os mundos, e qualquer passo em falso pode comprometer as suas frágeis estruturas. Tão complexos são os labirintos da consciência, que por Tradição reputa-se que somente um Guia experiente é capaz de conduzir alguém pelos verdadeiros caminhos de libertação da humanidade.

Tudo é energia no universo, porém somente o plano físico está feito com energia densa ou material. Para acessar os outros mundos é preciso treinar os nossos sentidos mais sutis. Isto é importante, porque a nossa estada neste mundo físico é breve e limitada.

Cada plano é como um portal. Aquele que recebe as senhas para o próximo plano atravessará o primeiro portal após a morte. Em seguida haverá outro portal e outro. Neles a evolução da consciência continua, através de reencarnações e de passagens por planos sucessivos. Somente o quarto portal assegura a verdadeira imortalidade da consciência e a libertação deste mundo físico, porque a natureza deste mundo também é quadruple.

Estes quatro Portais são eles mesmos um símbolo da consciência, formando o mandala da evolução humana. O ser humano tem se exercitado paulatinamente por eles desde os mais remotos primórdios da sua evolução, provavelmente antes mesmo da chegada da evolução Homo. Embora se considere que as evidências religiosas ou de rituais remontem apenas há cerca de 500 mil anos atrás (a Revolução Cognitiva humana é o fractal ou 10% deste período, que corresponde às raizes remotas do Homo sapiens), novas pesquisas ainda podem fazer avançar esta data, até porque pode haver tido práticas que não deixaram rastros. 

É um fato relativamente conhecido que quando algo chega a se plasmar com evidência, é porque muito antes se começou a ensaiar e a praticar de outras formas e em menor escala. Dentro da ampla variedade de cultos e de práticas místicas e religiosas, as formas são variáveis e muitas podem ser realizadas sem deixar vestígios sequer de curto prazo. Ainda hoje existem práticas místicas e religiosas que não se traduzem em deixar rastros físicos da sua realização.

Enfim, por mais que a humanidade erre e se desvie dos bons caminhos, tudo tende a contribuir para que ela seja catapultada na direção dos seus destinos finais de sublimação. René Guénon diria que, quando o mundo se torna um reino da quantidade, ele em seguida se transforma em reino da qualidade. Porém, esta nova “qualidade” não significa que aconteça necessariamente neste mundo.

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Sobre o Autor

Luís A. W. Salvi (LAWS) é estudioso dos Mistérios Antigos há mais de 50 anos. Especialista nas Filosofias do Tempo e no Esoterismo Prático, desenvolve trabalhos também nas áreas do Perenialismo, da Psicologia Profunda, da Antropologia Esotérica, da Sociologia Holística e outros. Tem publicado já dezenas de obras pelo Editorial Agartha, além de manter o Canal Agartha wTV 




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