A ética trina do Iniciado
“A quem vencer, eu o farei coluna no templo do meu Deus, e dele nunca sairá; e escreverei sobre ele o nome do meu Deus, e o nome da cidade do meu Deus, a nova Jerusalém, que desce do céu, do meu Deus, e também o meu novo nome.” (Ap. 3:12).
A ética trina do Iniciado, se resume na sua busca de manifestar a luz da sabedoria, o amor da união e a palavra da autoridade natural.
A vontade de unir, iluminar e orientar as pessoas, está no cerce das aspirações do guerreiro da luz.
Para isto, ele deve vencer as sombras internas do orgulho, da inveja e do desejo de poder, colocando o espírito impessoal de serviço acima de tudo o mais.
A força do heroísmo é aquilo que abre o caminho para a vitória da Luz.
Ele não deve se agarrar às suas próprias conquistas, a ponto de ficar imobilizado para coisas maiores e para o serviço isento ao próximo. Pelo contrário, deve saber posicionar-se corretamente como uma Coluna Viva do templo de Deus, imitando os mestres na sua habilidade de reunir o superior ao inferior.
Tal como a Hierarquia faz a ponte entre a divindade e a humanidade, o homem superior (“as classes superiores”) fazem a conexão entre a Hierarquia e o homem comum (“as classes inferiores”).
Os iniciados são aqueles de quem se pode dizer que “vieram ao mundo a trabalho”. Não apenas que trabalham, mas também servem de um modo integrador. O iniciado como tal, focaliza mais a união horizontal das pessoas, consagrando-a ao superior. O “iluminado” visa a união vertical, destinando-a ao todo.
A idéia da coluna, que nasceu arquitetonicamente com esta função de intermediação simbólica, está muito presente nas profecias, porquanto os Apóstolos também são descritos como alicerces da Jerusalém celeste (12:14). Nas admoestações às Igrejas (ver acima), existe a promessa de tornar em colunas vivas, aqueles que conhecerem o nome de Deus (a Palavra sagrada da iniciação), o nome revelado da verdadeira cidade divina (localização de Shambala ou Agartha) e a própria identidade do messias...
Consideremos, pois, a consciência do verdadeiro Iniciado, como meta racial para se habilitar a ultrapassar o umbral de 2012 da nova raça, e assim prosseguir como um ente em evolução.
O iniciado de grau solar, o cavaleiro rosa-cruz, é o guerreiro da luz, o idealista por excelência, que aspira pela liberdade e à consagração da matéria ao espírito.
Para isto ele usa com moderação a matéria, se ocupa da justiça e do direito.
Existe um vínculo entre iniciação e condição social, entendida como estado-de-consciência. A ética do guerreiro possui forte dimensão social e espiritual. O verdadeiro iniciado vê a vida grupal como uma grande solução para a condição humana, em termos de economia e de união, de força e evolução.
As classes superiores, são aquelas que se destinam a afirmar a verdadeira imagem do ser humano, porque são elas que estão coroando a Idéia humana ideal.
O guerreiro, o nacionalista, o aristocrata espiritual, faz a diferença no plano social, é com ele que a sociedade começa a buscar a luz, a verdade e o caminho, como algo pessoal e íntimo.
O aprendizado humano: a Ponte da Libertação
Todo o conhecimento humano superior, se limita a aprender a harmonizar céu e terra, ou o superior e o inferior. Dar atenção demais ao inferior ou ao superior, não faz dele um homem. Algumas vezes é possível evoluir, mas não convém nunca involuir.
O inferior é a matéria, a Criação, os instintos, e também as massas humanas.
O superior é o espírito, o Criador, as aspirações, e também as hostes angélicas.
A humanidade é uma condição especial, que subsiste entre estas duas camadas do Cosmos, que são também como os opostos originais existentes no Caos anterior à Criação, ou anterior à formação da Criatura.
É a criatura humana que dá um novo sentido às forças cósmicas, gerando um reino de Belezas e de Harmonias, não obstante chegar a isto através do conflito e sua resolução.
Embora seja um reino próprio e especial, a Humanidade necessita servir-se destas Fontes cósmicas para a sua evolução, que é como o andar num trilho ou mesmo sobre o fio da navalha.
Ela se vale do inferior como serviço, e se vale do superior como aprendizado. A luta pelo equilíbrio é a sua sina.
A falsa sabedoria é causa da ruína do homem. A pequena luz confunde e desnorteia, é como a vela que não resiste ao vento.
Difícil é ao homem ter acesso às verdades puras, mas somente a opiniões, porque como um ente em evolução, sua visão está matizada pelo seu estágio evolutivo parcial.
A diferença entre opinião e verdade está, basicamente, na realização. Podemos também conhecer algumas verdades sem termos a realização, se tivermos amor à verdade e ouvirmos a mensagem dos realizados.
As pessoas têm enormes ilusões sobre as suas opiniões, que geralmente são um acumulado de idéias auto-indulgentes descoladas de falsos instrutores. Infelizmente, aquilo que temos de mais “próprio” são os nossos erros e ilusões, como coloca vigorosamente o discurso do Buda.
À humanidade é dado poder, mas não a direção. A orientação superior é essencial, mas o preço pode ser alto para aprender isto.
O ser humano inverte a premissa do livre-arbítrio, que é dado para aprender a fazer as escolhas corretas e então se divinizar. Mas ele acha que só é livre, quando erra e então perde a alma e serve ao diabo.
Esta é a essência do aprendizado humano, seu dilema e resgate. O resto é... o resto.
O mundo sempre se renova com aqueles sábios humildes e obedientes, não-centrados em si mesmos, que se permitem ser conduzidos e que se permitem conduzir, fazendo assim a ponte dos mundos na Terra, como colunas do templo, tal como os mestres o fazem no Céu.
Os iniciados fazem o elo entre o povo e a Hierarquia, são os formadores-de-opinião, e para isto devem falar uma linguagem compreensível por todos.
Se tens o que aprender, não hesites em fazê-lo. Não se deixe imobilizar pela presunção.
Se tens o que oferecer, não hesites em fazê-lo. Não se deixe imobilizar pela falsa modéstia.
Aprender e ensinar, ensinar e aprender, são as duas faces da mesma moeda do Saber.
Vença o ego para não ser por ele vencido. Entregue o seu ego de vez, e liberte-se então, não o guarde ou afague porque serás prisioneiro dele para sempre.
A timidez dos iniciados para mudar o mundo, se deve apenas a não terem uma luz maior a lhes orientar. Para poder comandar com presteza, é preciso aceitar ser comandado da mesma forma.
O Testemunho justo é alavanca da grande transformação.
Quando disseram que Jesus era um mestre, muita gente torceu o nariz.
Quando disseram que Jesus era um Mestre com maiúscula, algumas pessoas prestaram atenção.
Quando disseram que Jesus era um MESTRE com todas as maiúsculas, muita gente quis seguir os seus passos.
Da obra "Magia Branca & Teurgia - Oriens et Ocidens."
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