“Apenas os pequenos segredos precisam ser guardados, os grandes ninguém acredita” (H. Marshall)

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A “eterna” condição humana de Aprendiz


“O homem é uma ponte entre o menos-que-o-homem e o mais-que-o-homem.”
F. Nietzsche

O poeta do Super-Homem, acima citado, deixou muitas grandes verdades para a nossa reflexão.
O homem não é o ápice da Criação, ao menos não como ser humano mortal e falível. Revestido de luz, compaixão, perfeição e discernimento, ele se torna já quase outra criatura.
Ora, na classificação dos Sete Reinos da Criação, a Humanidade representa o Quarto Reino, ou seja, ela intermedia os Reinos inferiores e os Reinos superiores. Apenas isto já lhe confere um expresso aspecto de transição e de instabilidade.
Uma das coisas que o homem mais exercita nesta condição, é o seu próprio livre-arbítrio. Então, os esforços dos Mentores espirituais, é tratar de orientar a humanidade a empregar a sua liberdade de uma forma sábia e equilibrada, visando a própria evolução. Porém, existem também as forças das Trevas, que se esforçam na direção contrária. A existência humana se dá entre estas potências espirituais, que disputam este território relativamente neutral, embora os esforços da luz sejam pela evolução humana e o respeito à sua natureza.
De todo modo, todo o ser humano cônscio de quem é, dos seus limites e potencialidades, fará um esforço próprio para estar próximo das forças da Luz, sabendo que a escuridão se lhe penetra facilmente. Para isto ele deve se valer de todos os recursos disponíveis, a começar pela criação de um meio-ambiente são que favoreça a expansão da alma, de associados de boa índole e de um lugar próprio de culto ou de meditação.
Uma coisa que ele deveria tratar de ter sempre em mente, é a importância de salvar a sua própria alma, para além de atitudes simbólicas (batismo, etc.) e crenças improváveis (reencarnação, etc.).
Ele deveria se esforçar para entrar na Senda, e assim começar a garantir a sua própria liberação, inicialmente pela intermediação dos grandes Seres, depois pelos esforços próprios, e finalmente se capacitando a auxiliar ativamente os mais necessitados.
Nas Ciências da Iniciação, dentro das verdadeiras Escolas de Sabedoria, o iniciado apenas deixa realmente de ser um aprendiz, quando alcança a Quinta Iniciação, tornando-se um Adepto, um alquimista consumado, portanto. O nome dado a este grau da Índia é Asekha, ou “não-discípulo”, isto é, um Mestre. Cabe não confundir este título com o seu uso profano, e nem com a função dos instrutores menores em qualquer esfera.
As quatro iniciações anteriores, ditas “elementais”, configuram o plano humano de evolução, cobrindo os planos Físico, Emocional, Mental e Intuitivo. Na realidade, este quadro não tem estado sempre disponível à todos, dependendo da evolução humana e suas raças. No entanto, hoje já se pode ter acesso a todos os planos humanos de evolução, porque a humanidade está começando a viver a sua última raça-raiz.
De todo modo, é importante a todo o ser humano saber que, até o final da sua jornada, ele será sempre um aprendiz. Todas as conquistas humanas são importantes, mas nada disto faz dele um ser liberado. De certo modo, podemos conceder ao Arhat, ou ao iniciado de quarto grau, uma muito nobre condição, porque este ser tem alcançado a primeira iluminação e, com isto, obtido a imortalidade da sua alma ou consciência.
Eis que ele até poderá se julgar um mestre, como muita gente que chega a bem menos também gosta de pensar sobre si mesmo. Um imortal, poderá pensar ele, é alguém que pode desafiar a tudo e a todos, sem temor de morrer de todo (já a morte física é inevitável e universal). Na prática, alguém que chega a isto, já terá se refinado muito.
Mas esta condição ainda não faz dele um Mestre, pois os Adeptos são muito raros, mesmo que eles também sejam em maior número na nova raça. Como dissemos, a evolução humana é dos Quatro Elementos, sujeitos por si sós a certa volatibilidade e volubilidade. É preciso manter a conexão com as Fontes, feita de forma direta e através da Hierarquia. Os dois pólos são necessários: consciência e disciplina, de modo que relaxar pode comprometer até o fluxo da energia que parece tão poderosa no iluminado.
Mesmo sendo um iluminado primário, o Arhat ainda é um ser humano porque pertence a este reino, estando daí sujeito a oscilações de consciência. Verdade que ele já faz parte da glória de Deus, porém ainda não é detentor de uma visão maior, sendo isto sim uma pessoa que pensa mais como indivíduo.
Ora, o verdadeiro Mestre, é um ser que adquiriu uma dimensão coletiva, e que flui nele uma energia de síntese. Quando certas pessoas-de-imaginação professam o “avatar coletivo” (o que quer que isto signifique), elas não alcançam conceber que os mestres são todos eles seres coletivos, no sentido de existirem apenas para vibrar uma nota grupal de união e da grandeza própria deste tipo de concerto social, demonstrando que estes leis trazem sempre novas possibilidades para o ser humano. Assim, o mais provável é que, no dia em que for possível a “difusão” da avatarização, ela já não será mais necessária neste mundo.
Uma coisa a saber, é que ser humano é estar sujeito ao conflito. Jamais se resolverá de todo a sua situação, porque ele tem a semente de Deus no seu coração, solidamente plantada, e a não ser que ele se aliene de um modo ou de outro, não pode aceitar os limites que a Natureza lhe impõe, almejando todavia avançar até a suprema perfeição, seja o que for que isto signifique. Ou seja, ele deve almejar cada vez mais se aproximar de Deus e da verdade, e isto o levará à auto-superação, a vencer limites, a desafiar as fronteiras estabelecidas.
A condição do “eterno aprendiz” apenas é confortável quando nos ajustamos à condição humana de uma forma pacífica, assimilando os próprios limites com humildade e sem abastardar as leis do céu e da terra, ou quando estamos buscando evoluir de uma forma contínua e conseqüente, com o apoio ativo das forças superiores internas e manifestadas. De outra forma, ela se torna uma ilusão. Cair também faz parte de todo o aprendizado, porém cabe saber se levantar sempre, e buscar cada vez cair menos para que a nossa jornada leve aonde ela deve levar.

Da obra “Vivendo o Tempo das Profecias”

A Linhagem mística do Graal

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O Graal espiritual tem sido sempre um mistério de Linhagem, onde cada Portador entrega ao seu sucessor a Súmula dos Mistérios que ele representa.

O primeiro contato com esta verdade, deve ser necessariamente exterior, porque o ser humano está de início polarizado no mundo externo. Através deste contato inicial, é que ele poderá começar a interiorizar as energias do Graal.

Assim, a primeira forma de alcançar o Graal, é conhecendo o seu Portador atual. Ele é o conhecedor da Palavra Perdida que o Graal preserva –e também das outras Palavras que conduzem a ela.

É ele que poderá ensinar, ao buscador sincero, a Palavra que o Graal vela. De posse desta Palavra, o iniciado pode alcançar a imortalidade.

Eis que, na derradeira curva dos tempos, quando a Terra está gasta (devastação) e os tempos envelhecidos (Idade Negra), é dado o grande Chamamento pelo Graal, a busca na qual apenas um termina por alcançar o final, em parte por esforço, em parte por benção.

Esta grande seleção visa escolher um Mensageiro, o Abridor da Linhagem, trazendo o signo das Novas Coisas. Assim determina a Grande Lei, para compor a Unidade do Mundo.

A partir dalí, se abre a Trilha da Iniciação, onde as buscas já não serão solitárias, mas integradas em todas as esferas: superior, lateral e inferior.

Do alto virá a benção e a instrução. Ao lado haverá a parceria e a colaboração. Na base terá o serviço e a coordenação. E assim, o mundo todos estará unido, e a ordem luminosa regressará na Idade de Ouro esperada.

A Escola Iniciática é a via aberta destinada a todos os buscadores, depois que o Graal foi reencontrado no fundo do lago do esquecimento.

De fato, o sábio se regozijará ao perceber tanto por tão pouco, e dará graças aos céus a cada novo dia abençoado...

A Escada de Ascensão

Eis que a Linhagem do Graal tem sido já começada... O templo do Céu abriu a sua embaixada na Terra.

Existe, não obstante, toda uma preparação para chegar a isto. Um caminho deve ser recorrido, um caminho doce na Senda comum.

Um tempo mínimo é determinado: dez anos, sob a clave da Tetraktys. Para cumprir este prazo, cabe seguir todos os preceitos da Regra Trina: amar o Criador, a Criatura e a Criação.

Na literatura própria, o Graal é Pedra, Livro e Cálice. Isto é: Mani, Padma e Jnana. É a Tríade espiritual da Alma, o Descenso da Revelação, no Sendeiro de Retorno de Albion: a Revelação Tetralucis, o Graal em si.

Mas na sua base, também está a Tríade material da Personalidade, a Escada de Ascensão, no Sendeiro de Ida de Asgard: a Instrução Trismegisto, a Excalibur enfim.

E uma é o reflexo perfeito da outra.



Cada raça opera as suas sínteses, simplificando os esforços das raças anteriores. Por isto o instrumento de hoje é a Palavra, expressão do Conhecimento.

A Tríade Material está formada ou resumida, por três Palavras manifestadas, cada uma mais sutil e refinada: AMÉM, AUM (AYAM) e OM.

Isto representa: Orar, Decretar e Mantrar.

Para além delas, jaz a Voz do Silêncio: sons sublimes que o ouvido humano não é capaz de compreender.

A Palavra manifestada também é Excalibur. A energia que deve ser domesticada, depurada e apurada.

O domínio da espada é o Ascenso pelas Espirais do Dragão, a Kundalini dos iogues.

Assim, de certo modo o Cálice está acima da Espada. Todo aquele que demanda pelo Graal, vê luzir o Cálice no brilho da sua Espada que reluz.

Porém, somente aquele que souber brandir com maestria a Espada, abrirá caminho para alcançar o castelo do Graal.

Diante das Portas de Ouro, o Demandante deve proferir a sua Senha. Ele deve conhecer de antemão a Palavra capaz de abrir os portões dos Tesouros Eternos.

Na saída, ele venceu através da sua Oração. Na jornada, ele superou os obstáculos através dos Decretos. E na chegada à fortaleza, ele ainda deve solicitar o ingresso mediante a Senha perfeita.

Garboso é o cavaleiro que alcança o Palácio do Graal. Como um cisne ele se aproxima, e como tal ele emite o seu último canto.

O cisne parece desfalecer em seguida, como se a sua alma saísse pela boca. Mas no seu lugar entra o espírito, repleto de luz e radiância, anunciando as suas Bodas eternas.

Então ele já não necessita apelar para nada mais, quando se vir dentro do castelo na Sala dos Tesouros, que será seu para sempre.

À Procura do Santo Graal


Quando a Terra se encontra do Céu separada

E a espada do poder da Unidade está fendida

Então é proclamada a Diáspora sagrada

E iniciada a busca pelo Santo Cálice

Que contém o Sangue redentor do Rei dos reis.


Porque a Terra se encontra desolada,

A Dispersão dos Justos foi decretada;

Então, mares serão atravessados, desertos serão

percorridos e montanhas serão galgadas,

Até que se reencontre o Cálice Sacro

Algures depositado no interior da Arca

Que se encontra no alto da Montanha

A salvo do Dilúvio das águas do Tempo.


Guardiães do Santo Graal

São aqueles que alcançaram

Emergir sobre a noite do Caos;

Em seus nomes e lendas guardam

O significado de suas Missões

Os portadores do Bem geral.


Quando os Mistérios são desvelados

Então soa a Hora em que urge

O ressurgimento do heroísmo;

Então é dado o sinal

Para o ressurtimento do Exército Ardente

Que antecipa e prepara a urdidura

Da Idade Áurea predestinada.

Tal e época iminente da conflagração.


Quando os signos da Israel mítica

São jogados ao vento

É o chamamento do Rei do Mundo

Para a preparação do Advento.

Então, soa a hora, soa a hora,

soa a hora;

soa a hora, soa a hora,

soa a hora...

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Chave Trina – a recapitulação final pró-umbral 2012

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É chegada a hora de reunir a súmula dos saberes acumulados da evolução humana,
para dar o novo passo que os tempos demandam à humanidade a partir de 2012. Esta é a grande tarefa que o cosmos espera dos servidores da Luz.

Achando-nos ante as portas de um nova etapa de evolução humana -o chamado “Sexto Mundo” dos maias, a Sexta raça-raiz dos teósofos-, a começar oficialmente em 2012, é preciso realizar a recapitulação do dharma espiritual áryo, tendo em vista alcançar a energia necessária para ultrapassar este novo portal do tempo, que é o “círculo não-passarás” da atual evolução humana, quando será decretado que “não há mais tempo”.

Estará extinto o prazo para assimilar os antigos Dharmas e Mandamentos, sob pena da humanidade passar a somar carma em escala exponencial. A aceleração das coisas na atualidade, prepara tanto a mudança vibratória de escala natural, quanto o ritmo caótico da exponenciação que é como o câncer num organismo. Tudo dependerá da linha evolutiva que a humanidade seguir a partir de 2012, dentro destas duas opções: a mudança ou o caos. A via Ordo ad Chao (reorganização pelo caos), prenuncia sempre muita dor e longo tempo de reconstrução.

A recapitulação dos tempos é tarefa específica da sétima sub-raça, que é a sul-americana e, sobretudo, a brasileira no caso do ciclo áryo. A idéia da recapitulação é uma prática necessária quando necessitamos atravessar os grandes Portais. Por isto, ela sempre acontece diante da morte, a fim de tomar consciência das coisas, nos depurar das cargas desnecessárias e restaurar a nossa energia, sob pena de ficarmos penando no umbral ou conhecermos a segunda morte, a extinção da alma.

Neste aspecto, o umbral que se aproxima está diretamente relacionado à idéia da morte e sua superação, a quarta iniciação, chamada de crucificação espiritual, ou a Iniciação do Fogo - a própria iluminação.
O sucesso desta empreitada, depende de reunir 144 mil iniciados vibrando na frequência certa da luz.

A Senha do resgate

A meta racial árya era a Iniciação Solar, na ativação do terceiro centro ou o plexo solar. Do ponto de vista da consciência, isto também configura um triângulo energético, que traduz o Alinhamento da Personalidade humana.
Em termos de recapitulação iniciática, isto deve ser feito através da Chave Trina.
A Chave Trina é a síntese máxima do dharma áryo, conhecido como Trismegisto, a Magia Trina, tendo como porta-voz a figura de Hermes ou Buddha, que é Mercúrio em grego e sânscrito, o planeta do Conhecimento.

A Chave Trina é a prática ocultista do cultivo de três Elementos esotéricos integrados, na forma de Som, Luz e Amor, destinada a obter a “reintegração da Mônada” e, através disto, se alcançar numa etapa subseqüente a iluminação científica.

Cada iniciação é consumada através de uma Senha sagrada. Como ensinou Helena P. Blavatsky, a Palavra sagrada da raça árya (e, portanto, da Terceira Iniciação) é o OM, que deve ser emitido com sentimento (ou profundidade) e luminosidade (clareza, harmonia).
Assim, a Chave Trina se destina a despertar Chama Trina presente no coração, que é a Mônada em si. É preciso refazer os passos da Criação, no Sendeiro de Retorno à luz. Na Criação, a Mônada se desdobra inicialmente na Tríade Espiritual e logo na Tríade Material, existindo ainda a Tríade Anímica (ou Mental) intermediária.

Assim, há três Triângulos emanados do Logos –a Vida Maior-, e que devem se reintegrar na Mônada, fomentando a semente da Vida eterna da quarta tríade, através da qual se cumprirá a profecia da Árvore da Vida com doze frutos.

Este mecanismo é chamado “Chave”, porque ele realmente se destina a acionar uma nova energia e uma outra consciência, através do movimento de integração destas três forças. O despertar pleno do Quarto Elemento, representa a conquista da iluminação e da imortalidade da alma, significando o cumprimento das profecias para a humanidade. O sucesso da humanidade como espécie, depende do sucesso de cada ser humano como indivíduo. A chave é a busca da integração, na grande meta da iluminação como serviço planetário.

A evolução se dá por tríades no plano da consciência, por envolver diferentes equações de Tempo. Cada Elemento energético alcançado, ativa um Alinhamento de consciência e uma esfera cósmica de organização, prenunciando futuras iniciações. Por isto, o nome “alinhamento” se deve tanto ao caráter ternário da energia, quanto a este aspecto de associação consciencial. Vejamos, então:

1ª Iniciação ...... Terra ...... Personalidade .... Microcosmo
2ª Iniciação ...... Água ...... Alma ................ Mesocosmo
3ª Iniciação ...... Ar .......... Espírito ............ Macrocosmo
4ª Iniciação ...... Fogo ...... Mônada ............. Metacosmo

Na Medicina Védica, esta Chave Trina confere a técnica tríplice conhecida como “meditação”, “bem-aventurança” e “som primordial”. Não obstante, o seu uso ocultista para fins de iniciação e, depois, de iluminação, define uma síntese tecnicamente mais apurada e transformadora.

A partir desta data, estaremos marcando as nossas mensagens com o SELO DA CHAVE TRINA, até chegar a Data final da transição racial em 21 de dezembro de 2012. Cumprindo assim os ditames da Escola Aberta de Iniciação, anunciada pelo Plano da Hierarquia revelado por Alice A. Bailey.

Na ocasião da transição, será revelada a natureza da verdadeira Palavra Perdida, que substituirá a atual Palavra Sagrada (OM), permitindo efetuar a reintegração monádica e a iluminação ocultista, essência do novo dharma Tetralucis, a Quarta Luz de evolução.

A ética trina do Iniciado


“A quem vencer, eu o farei coluna no templo do meu Deus, e dele nunca sairá; e escreverei sobre ele o nome do meu Deus, e o nome da cidade do meu Deus, a nova Jerusalém, que desce do céu, do meu Deus, e também o meu novo nome.” (Ap. 3:12).

A ética trina do Iniciado, se resume na sua busca de manifestar a luz da sabedoria, o amor da união e a palavra da autoridade natural.
A vontade de unir, iluminar e orientar as pessoas, está no cerce das aspirações do guerreiro da luz.
Para isto, ele deve vencer as sombras internas do orgulho, da inveja e do desejo de poder, colocando o espírito impessoal de serviço acima de tudo o mais.
A força do heroísmo é aquilo que abre o caminho para a vitória da Luz.
Ele não deve se agarrar às suas próprias conquistas, a ponto de ficar imobilizado para coisas maiores e para o serviço isento ao próximo. Pelo contrário, deve saber posicionar-se corretamente como uma Coluna Viva do templo de Deus, imitando os mestres na sua habilidade de reunir o superior ao inferior.
Tal como a Hierarquia faz a ponte entre a divindade e a humanidade, o homem superior (“as classes superiores”) fazem a conexão entre a Hierarquia e o homem comum (“as classes inferiores”).
Os iniciados são aqueles de quem se pode dizer que “vieram ao mundo a trabalho”. Não apenas que trabalham, mas também servem de um modo integrador. O iniciado como tal, focaliza mais a união horizontal das pessoas, consagrando-a ao superior. O “iluminado” visa a união vertical, destinando-a ao todo.
A idéia da coluna, que nasceu arquitetonicamente com esta função de intermediação simbólica, está muito presente nas profecias, porquanto os Apóstolos também são descritos como alicerces da Jerusalém celeste (12:14). Nas admoestações às Igrejas (ver acima), existe a promessa de tornar em colunas vivas, aqueles que conhecerem o nome de Deus (a Palavra sagrada da iniciação), o nome revelado da verdadeira cidade divina (localização de Shambala ou Agartha) e a própria identidade do messias...
Consideremos, pois, a consciência do verdadeiro Iniciado, como meta racial para se habilitar a ultrapassar o umbral de 2012 da nova raça, e assim prosseguir como um ente em evolução.
O iniciado de grau solar, o cavaleiro rosa-cruz, é o guerreiro da luz, o idealista por excelência, que aspira pela liberdade e à consagração da matéria ao espírito.
Para isto ele usa com moderação a matéria, se ocupa da justiça e do direito.
Existe um vínculo entre iniciação e condição social, entendida como estado-de-consciência. A ética do guerreiro possui forte dimensão social e espiritual. O verdadeiro iniciado vê a vida grupal como uma grande solução para a condição humana, em termos de economia e de união, de força e evolução.
As classes superiores, são aquelas que se destinam a afirmar a verdadeira imagem do ser humano, porque são elas que estão coroando a Idéia humana ideal.
O guerreiro, o nacionalista, o aristocrata espiritual, faz a diferença no plano social, é com ele que a sociedade começa a buscar a luz, a verdade e o caminho, como algo pessoal e íntimo.

O aprendizado humano: a Ponte da Libertação

Todo o conhecimento humano superior, se limita a aprender a harmonizar céu e terra, ou o superior e o inferior. Dar atenção demais ao inferior ou ao superior, não faz dele um homem. Algumas vezes é possível evoluir, mas não convém nunca involuir.
O inferior é a matéria, a Criação, os instintos, e também as massas humanas.
O superior é o espírito, o Criador, as aspirações, e também as hostes angélicas.
A humanidade é uma condição especial, que subsiste entre estas duas camadas do Cosmos, que são também como os opostos originais existentes no Caos anterior à Criação, ou anterior à formação da Criatura.
É a criatura humana que dá um novo sentido às forças cósmicas, gerando um reino de Belezas e de Harmonias, não obstante chegar a isto através do conflito e sua resolução.
Embora seja um reino próprio e especial, a Humanidade necessita servir-se destas Fontes cósmicas para a sua evolução, que é como o andar num trilho ou mesmo sobre o fio da navalha.
Ela se vale do inferior como serviço, e se vale do superior como aprendizado. A luta pelo equilíbrio é a sua sina.
A falsa sabedoria é causa da ruína do homem. A pequena luz confunde e desnorteia, é como a vela que não resiste ao vento.
Difícil é ao homem ter acesso às verdades puras, mas somente a opiniões, porque como um ente em evolução, sua visão está matizada pelo seu estágio evolutivo parcial.
A diferença entre opinião e verdade está, basicamente, na realização. Podemos também conhecer algumas verdades sem termos a realização, se tivermos amor à verdade e ouvirmos a mensagem dos realizados.
As pessoas têm enormes ilusões sobre as suas opiniões, que geralmente são um acumulado de idéias auto-indulgentes descoladas de falsos instrutores. Infelizmente, aquilo que temos de mais “próprio” são os nossos erros e ilusões, como coloca vigorosamente o discurso do Buda.
À humanidade é dado poder, mas não a direção. A orientação superior é essencial, mas o preço pode ser alto para aprender isto.
O ser humano inverte a premissa do livre-arbítrio, que é dado para aprender a fazer as escolhas corretas e então se divinizar. Mas ele acha que só é livre, quando erra e então perde a alma e serve ao diabo.
Esta é a essência do aprendizado humano, seu dilema e resgate. O resto é... o resto.
O mundo sempre se renova com aqueles sábios humildes e obedientes, não-centrados em si mesmos, que se permitem ser conduzidos e que se permitem conduzir, fazendo assim a ponte dos mundos na Terra, como colunas do templo, tal como os mestres o fazem no Céu.
Os iniciados fazem o elo entre o povo e a Hierarquia, são os formadores-de-opinião, e para isto devem falar uma linguagem compreensível por todos.
Se tens o que aprender, não hesites em fazê-lo. Não se deixe imobilizar pela presunção.
Se tens o que oferecer, não hesites em fazê-lo. Não se deixe imobilizar pela falsa modéstia.
Aprender e ensinar, ensinar e aprender, são as duas faces da mesma moeda do Saber.
Vença o ego para não ser por ele vencido. Entregue o seu ego de vez, e liberte-se então, não o guarde ou afague porque serás prisioneiro dele para sempre.
A timidez dos iniciados para mudar o mundo, se deve apenas a não terem uma luz maior a lhes orientar. Para poder comandar com presteza, é preciso aceitar ser comandado da mesma forma.
O Testemunho justo é alavanca da grande transformação.
Quando disseram que Jesus era um mestre, muita gente torceu o nariz.
Quando disseram que Jesus era um Mestre com maiúscula, algumas pessoas prestaram atenção.
Quando disseram que Jesus era um MESTRE com todas as maiúsculas, muita gente quis seguir os seus passos.

Da obra "Magia Branca & Teurgia - Oriens et Ocidens."

A Meta coletiva de evolução: um conhecimento vital


Quando uma célula age contra os interesses do organismo maior, se diz que ela é uma célula cancerígena. Quando uma célula pretende atuar de forma independente do organismo maior, se pode dizer que ela é alienada ou individualista. Geralmente, os “planos” que ela fizer em desacordo com o organismo maior, serão frustrados.
Como indivíduos, também temos certas metas a cumprir, como parte da humanidade em evolução. Existe um ideal, que é harmonizar as nossas perspectivas com as da evolução coletiva, embora alguns sempre superem isto, e muitos não as alcancem.
É muito raro o conhecimento dos ciclos humanos, e indo além da metáfora, Platão confere este dom ao governante ideal. A alegria do navio é extremamente ilustrativa acerca da baderna política que Platão assistiu em sua época republicana, para então concluir:
“(...) nem sequer percebem que o verdadeiro piloto precisa de se preocupar com o ano, as estações, o céu, os astros, os ventos e tudo o que diz respeito à sua arte, se quer de facto ser comandante do navio, a fim de o governar, quer alguns o queiram quer não — pois julgam que não é possível aprender essa arte e estudo, e ao mesmo tempo a de comandar uma nau. Quando se originam tais acontecimentos nos navios, não te parece que o verdadeiro piloto será apodado de palrador, lunático e inútil pelos navegantes de embarcações assim aparelhadas?” (“A República”)
Na verdade, o governante sábio não necessita ser uma autoridade no assunto, basta que ele tenha acesso às verdades, a fim de tomar melhor os caminhos certos em nome do bem comum. O “verdadeiro piloto”, pode ser o Mentor pode detrás da cena: o Governo Oculto dos Mundo, a própria Loja Branca que custodia a evolução humana há milênios, especialmente quando a humanidade convive harmoniosamente com ela nas Idades de Ouro e de Prata das civilizações.
É muito complicado neste ciclo do mundo, alguém alcançar dividir mais plenamente o poder e o saber, sob pena de ser acusado de luciferismo. Nem a Hierarquia deve ser paternalista ocupando o Poder, e nem a humanidade deve ser presunçosa almejando deter o Saber. Tal como Bailey afirma que a Ciência dos Ciclos é a Doutrina dos Adeptos, Platão demonstra que o verdadeiro saber coletivo é inacessível aos homens:
“(..) os marinheiros em luta uns contra os outros, por causa do leme, entendendo cada um deles que deve ser o piloto, sem ter jamais aprendido a arte de navegar nem poder indicar o nome do mestre nem a data do seu aprendizado, e ainda por cima asseverando que não é arte que se aprenda, e estando prontos a reduzir a bocados quem declarar sequer que se pode aprender.” (op. cit.)
O poder toca aos homens que são multidão, e o saber toca aos mestres, que são raros. Tudo o que importa aqui, é a humanidade compreender uma vez mais, que “os caminhos do homem a Deus pertencem” (Salmos). Resta à humanidade ter a humildade de entender que, sozinha e sem orientação superior, o abismo é o seu destino seguro.

Alguns ciclos especiais

Nisto, é muito importante observar a existência de um ciclo de grande importância na evolução humana, que é o ciclo de 5 mil anos, destacado especialmente pelos maias-nahuas. Corresponde às raças-raízes dos teósofos, se tirarmos os véus cronológicos geralmente apresentados. A sua dignidade se deve, por exemplo, à fórmula “quadrada” 5x5 mil anos que encerra o Ano Cósmico.
Estas divisões são chamadas “raças”, mas se associam antes à ascensão cultural de humanidades sediadas nos continentes, mais ou menos relacionadas a colorações raciais. Em essência, uma raça-raiz é u’a humanidade que evolui na luz graças à sua integração com a Hierarquia dos Mestres.
A raça-raiz árya, que termina agora, é a terceira raça humana (e é a quinta raça-raiz, mas as duas primeiras não são contadas), visando assim a terceira iniciação humana. Este grau está polarizado no mental, daí a importância do racional e do intelecto nesta evolução, mas também da Mente superior, naquilo que se refere às revelações da Hierarquia, que estão na base das mais profundas concepções culturais, não obstante reduzidas pela humanidade quando esta se afastou das Fontes.
A nova raça retoma o aspecto psíquico, agora sobre a base adquirida da razão, fomentando uma quarta de freqüência superior à forma como os atlantes trataram o tema, com magia e fanatismo. A meta racial agora é despertar os mistérios do coração, com destaque para a iluminação e a alma-gêmea, conferindo imortalidade e realização matrimonial plena. São como o céu-na-terra (iluminação) e a terra-no-céu (alma-gêmea), sempre com muitos pontos em comum. Tal coisa denota que, tal como na raça árya se alcançou a plenitude das instituições da aristocracia espiritual, na nova raça se deverá alcançar a maturação das instituições do clero, solucionando os dilemas conjugais dos sacerdotes e resolvendo as antigas promessas de imortalidade, para além de conjecturas e especulações em torno do assunto.
Alcançar a meta espiritual racial, possibilita prosseguir diretamente na evolução, dentro da melhores condições de desenvolvimento, e logo receber a iniciação subsequente. De outra forma, a pessoa deve repetir o seu ciclo iniciático em condições menos favoráveis, com renascimentos em locais pouco evoluídos. No caso daqueles que não alcançam nenhum despertar espiritual no ciclo inteiro, o juízo é o final das suas oportunidades de evolução.
O sucesso numa transição racial, depende da síntese entre a experiência anterior acumulada, e a aspiração pela renovação. A base é a recapitulação das melhores coisas do ciclo que termina, a fim de consolidar a iniciação racial, usando de alicerce para as novas coisas reveladas.
A evolução zodiacal integra um ciclo cósmico bi-setenário chamado manvantara e pralaya, envolvendo um plano maior. Mas as raças definem iniciações coletivas que se deve cumprir pontualmente, para prosseguir evoluindo como indivíduos. Isto significa que, se o “juízo final” de uma ronda mundial é de 12 mil anos, numa raça ele será de 5 mil anos –em 2012 acontece um juízo deste natureza, então poderemos ter claro o que pode significar esta questão. Contudo, o Grande juízo também se aproxima (no Solstício cósmico, ao final da Nova Era), e toda esta condição está descrita nos relatos finais do Apocalipse. Tudo isto sucede dentro da nova raça, de modo a lhe conferir um amplo caráter de fênix, de ressurreição, de iluminação, de renascimento enfim, dentro de um plano cósmico de consumação de evolução humana. Significa também que o prazo da obtenção da nova iniciação, será reduzido à sua metade.

Da obra “O Calendário Astrológico - Compêndio de Astrologia Social”

O universal na Tradição Perene


Quando Jesus afirmou “eu sou o caminho, a verdade e a vida”, estava manifestando uma grande verdade tradicional: a realidade da Unidade das dimensões, na Uni-Diversidade da Tradição.
A tríade Personalidade-Alma-Espírito, está presente em quase todas as Tradições sagradas. Vemo-la no Cristianismo, no Budismo, no Egito Antigo, na Índia, na Teosofia, na Cabala, na Alquimia, etc. E tudo isto ainda inclui uma esfera oculta, superior e divina: é a Mônada, o Ain Soph, a Jóia divina, etc.
Aquilo que esta composição realmente manifesta, é o equilíbrio ou o universalismo (ou "catolicismo") dos Princípios.
No Budismo, o Trikaya do Buda recebe os nomes de três “corpos”: de Manifestação, de Compaixão e de Verdade. Isto quer dizer, por exemplo, que uma verdade destituída de forma e presença, seria somente um dogma, e a autoridade isenta de verdade, seria apenas autoritarismo. E tudo isto ainda necessita se legitimar pelo amor, ou com alma, para ser completo e perfeito, da mesma forma como o amor sem verdade ou autoridade, é mero desejo vulgar.
A manifestação do líder significa que alguém é responsável pelas coisas, e que alguém ama e cuida dos outros. Não se trata de uma abstração, neste caso; a verdade e o amor já não são idéias soltas, mas realidades tangíveis e personificadas.
Tudo isto resulta na realidade capital do Modelo. Como uma referência por Excelência, é a existência do modelo que confere o poder multiplicador da luz, a prova de que as coisas são possíveis de se alcançar, e também o testemunho de que existe amparo para os necessitados, um porto seguro para o buscador.
Apenas aquele que venceu em definitivo o pequeno eu, pode afirmar ser verdade, caminho e vida. A verdadeira impessoalidade não está na negação da personalidade, porque isto é apenas ocultação. A verdadeira impessoalidade está na afirmação da personalidade purificada.
Nisto, a existência do Modelo incomoda alguns por destruir a demagogia, a coisa somente feita-a-meias, com amadorismo e superficialidade, enfim, contesta vivamente o luciferismo daqueles que tentam agarrar céu e terra com violência e sem legitimidade, quiçá como mercadores do templo ou como forma de manipulação social, assim como desafia, com sua realização, as idéias malsãs dos teóricos anarquistas de toda a coloração.
A Tradição de Sabedoria prevê unicamente a autoridade das pessoas realizadas, e secundariamente, daqueles que as servem e atuam em seus nomes, de preferência sob sua direta supervisão. A “realização” em si é, na verdade, supra-humana em termos maiores e ideais, visando um quadro de integração humana e de evolução planetária. Também existem realizações humanas, que apenas se considera a contento quando integrada com aquela luz maior. Mesmo quando um mestre deixa um ensinamento, oral ou escrito (que pode ser registrado mais tarde), este saber necessita afirmar a sua força levando a pessoas à luz eterna, coisa a princípio somente possível dentro de uma linhagem ou cadeia iniciátória.
O preceito da boa Ordem se reflete naturalmente na Missão, gerando um ciclo complementar e de mútua legitimação.
A Ordem produz força interna, visando cultivar a evolução espiritual, manifestar e contatar as altas hierarquias, que pode chegar ao sobrenatural, além de tratar de questões estratégicas e administrativas.
A Missão tem a virtude de buscar atingir as massas humanas, e assim estender ao mundo a influência e a sabedoria, resgatando o povo da orfandade cultural e espiritual.

Letra morta & Autoridade viva

Existem no mundo algumas correntes reformistas quem colocam ênfase ou exclusividade nos textos, buscando negar ativamente a existência de “autoridades” espirituais, mesmo em torno dos textos sagrados. O sunismo islâmico e o protestantismo cristão, são renomados exemplos disto.
Uma das causas para tal, é porque as autoridades ou sua sucessão estão mal constituídas, baseadas mais em formalidades externas (a questão sanguínea, por exemplo) do que na realização interna.
Não há dúvida que os textos sagrados são importantes. Porém eles devem o seu valor, ao próprio fato de que foram emanados por autoridades. Há que afirme que não provém de fontes encarnadas, e que mentes superiores não encarnam. Apelam assim para toda espécie de malabarismos mentais, apenas para ocultar as suas intenções inconfessáveis de confundir as pessoas com suas idéias estéreis. Muito disto não passa da velha rivalidade e inveja.
A “letra morta” não pode ser a última autoridade na Verdade. A “busca pela verdade”, é sempre mais ou menos um tatear no escuro, quase sem fim, mas que se destina a culminar na realização da Verdade.
“O que é a Verdade?” Perguntou Pôncio Pilates a Jesus, refletindo a confusão do homem profano. O Messias encarna a verdade dizendo: “Eu Sou o caminho, a Verdade e a Vida”. Uma trilogia que, sem dúvida, define as facetas da Verdade. O Messias é a Palavra verdadeira, ela leva à vida maior e aponta o caminho para todos. Ele tem a sua Verdade adaptada em cada geração pelos Adeptos que administram a Lei.
Para nós os livros são preciosos, porque vivemos nestes tempos. Grandes despertares espirituais foram suscitados através de livros (como foi o caso de Francisco de Assis), mas somente porque o leitor estava imbuído pelo Espírito ao lê-los. Em contraparte, se sabe que “alfabeto e livros” tiveram importância reduzida nos tempos da Sabedoria Viva. Platão escreveu lamentado tendo que fazê-lo, por causa da decadência espiritual do mundo e da perda da oralidade. Isto mostra o quão relativo pode chegar a ser o valor do conhecimento registrado.
Em meio a tantas polêmicas doutrinais, é de perguntar: a que levam ou se destinam a levar estas “procuras” e investigações, afinal de contas? Nós temos a nossa resposta, e já a temos exposto: elas se destinam à iluminação. Para os que não têm esta graça, a buscas levam apenas à aproximação da Verdade, mas estes podem se beneficiar da visão daqueles que, havendo pago o preço cobrado, chegam à Meta sagrada. Os “eternos buscadores” não merecem ser levados muito a sério. Ou se encontra as respostas, ou se encontra quem as encontrou.
Existe muita diferença entre um buscador e uma pessoa realizada. Um buscador tende a focalizar perspectivas errôneas ou limitadas, ornadas de preconceitos, baseados em opiniões e teorias próprias ou adquiridas de fontes não raro duvidosas. Na verdade, ele deveria ter cautela em emitir opiniões próprias (até porque, na verdade, ele não as tem), e buscar seguir ensinamentos ao menos amplos e bem organizados, e ainda assim com as cautelas devidas. Um ser realizado é pessoa livre, capaz de discorrer sobre as mais diversas questões com experiência e autoridade,
Pois a Verdade de fato, está do outro lado da margem da procura, cujo percurso é sempre um pouco como tatear no escuro. Somente os iluminados são porta-vozes abalizados da Verdade. A frase “não existe religião superior à Verdade”, pode colocar de um lado as visões humanas (religiões) e a visão da Hierarquia (Verdade). É como o Buda que sabe que a Verdade, é todo o elefante completo ao qual os sete cegos, que são as religiões, e apenas conhecem o elefante em partes.
Contudo, não existe aqui crítica aos limites, somente uma análise dos fatos, porque o Buda sabe que a humanidade deve evoluir por etapas, e neste ponto os mestres podem ser até mais realistas do que os idealistas, quando estes almejam antecipar as utopias fanaticamente e de forma alienada, ameaçando a evolução do mundo na tentativa de criar falsos paraísos para as elites místicas, querendo a “paz” para si apenas como quis fazer Arjuna, quando a batalha já estava armada e ameaçava a justiça universal.
Os sonhadores talvez não façam idéia da massaroca burocrática que existe sob as suas cadeiras. Sonhar com um mundo melhor é bom, mas sobretudo se o fazemos com realismo. Nisto, já sabemos que a união das pessoas que sonham é o primeiro passo.
É possível fazer muitas coisas para simplificar a vida, porém as medidas individuais sempre serão paliativas. A burocracia deve ser combatida em todas as partes, mas especialmente
A autoridade pessoal é a melhor forma para conviver com o mundo burocrático. O princípio da autoridade é a antítese da burocracia, porque coloca as decisões nas mãos das pessoas vivas, ao invés de relegar as normas a códigos cada vez mais complexos. A redução dos núcleos humanos é outra medida essencial. A impessoalidade das massas é fermento para a contravenção e muitos outros males.
A tentativa de “desautorizar a autoridade”, apenas é legítima quando esta autoridade é espúria. Porém, ela também é combatida pelos invejosos que não querem fazer os esforços que os iniciados legítimos realizaram.
Reconhecer a Hierarquia dá o direito à informação que somente ela detém, e alcançar a ajuda que somente eles podem dar. Epicuro não chega a ser anarquista, ao afirmar: "É tolo pedir aos deuses o que se pode conseguir sozinho". Os Deuses e os mestres nunca fazem pelos homens aquilo que eles podem fazer sozinhos.
Pergunta-se, porém: como ficam as massas humanas se não há intermediários? O homem simples, sem tempo para a filosofia, quem olhará por ele? Geralmente este é o limite da filosofia dos homens. Ou devemos pensar que os mestres e sacrificam pela humanidade por algum prazer próprio?
O Cristo afirmou: “Não vim para os sãos, vim para os enfermos”. Mas também disse que os convidados recusaram a oferta e por isto ele ofereceu o sue banquete aos mendigos.
Pois na outra ponta, a dos iniciados, existe a difusa idéia de que a Meta da iluminação seja um labirinto, que só se pode atravessar pela mão daquele que conhece o caminho. Quando queremos ir só até a esquina, é fácil. Mas quando a meta é distante e desconhecida, não há como deixar de pedir ajuda.
Infelizmente, quase nunca os homens enxergam nem aquilo que devem fazer para si mesmos, especialmente quando de trata de evolução conjunta. Se a situação do mundo ainda deixa dúvidas, muito em breve não deixará mais.
Cabe sempre tratar de conhecer a si mesmo, juntamente com o mundo. É preciso buscar a informação correta sobre a evolução mundial, ou até onde se deve chegar como humanidade. Somente neste contexto, é que poderemos realmente dimensionar as nossas potencialidades, para alcançar equilibrar as coisas.


Da obra “Maitreya – a Luz do Novo Mundo”

A entrada no Caminho


E conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará. (João, 8, 32)

A entrada no Caminho da Verdade, é a única coisa que pode realmente assegurar o começo da nossa imortalidade, inicialmente custodiados pelos Grandes Seres, libertando-nos e nos tornando independentes na medida em que avançamos, até culminar na iluminação.
Aquele que busca sinceramente o caminho da libertação, deve conhecer os passos para atingir os seus objetivos.
Quem não deu os passos necessários de início, pode estar com a sua evolução obstaculizada, cabendo rever a sua trajetória a fim de corrigir os seus passos.
Para começo de conversa, quem busca verdadeiramente a realização, deve estar ciente que o caminho da espiritualidade é coisa difícil, os desvios são muitos e as ilusões da mesma forma: “(...) largo é o caminho que leva à perdição, e muitos são os que entram por ele. (...) estreito é o caminho que leva para a vida, e poucos são os que acertam com ele" (Mateus, 7: 13-14).” Citemos, então:

- Cabe tomar a posição de deixar de lado o ego, e se assumir como aprendiz, admitindo a necessidade da auto-reeducação, com o apoio de uma escola e de um grupo.
- O verdadeiro batismo que anuncia a entrada na senda, se dá na alma do buscador, e acontece na forma de um chamamento ou uma vocação interna, também denominada de “urgência interior”, pois faz a pessoa destinar o seu tempo a uma busca mais determinada.
- O verdadeiro começo do caminho se dá sob a fé num Avatar, que é o Paradigma de uma Era. Em épocas de transição como a nossa, o Ensinamento do Messias do passado pode parecer não bastar, então podemos aspirar por conhecer os iluminados Ensinamentos do Mensageiro do futuro.
- Não existe escola de iniciação verdadeira, que não esteja dirigida por iniciados, e nem escola de iluminação que não seja orientada por iluminados. É preciso tomar cuidado com as falsas instruções, indulgentes e sedutoras, que apenas fomentam ilusões e retardam o caminho.
- A verdadeira iniciação não é apenas um trabalho subjetivo de consciência, mas um “fato energético” perceptível na vida da pessoa.
- A categoria espiritual do iniciante na escola de Pitágoras eram os akoustikoi, “ouvintes”, onde os noviços ficavam quatro anos em silêncio (tempo mínimo da iniciação do Aprendiz, como bem sabia o Mestre da Tetraktys) para aprender, desenvolver a humildade e a intuição. De outra forma, o instrutor estaria apenas perdendo o seu tempo com pessoas despreparadas para a verdade.
- A disciplina física (ioga, ginástica) é uma base importante, envolvendo o trato da saúde e purificação do organismo (banhos, dietas), sendo de resto uma forma de canalizar as energias de uma forma construtiva.
- A iluminação é a coroação da busca, erigida através de quatro iniciações que organizam e refinam os planos físico, emocional e mental, conduzindo ao intuitivo. E esta é a verdadeira meta da nova evolução humana, já coroando toda a evolução da humanidade na “consumação dos tempos” naquilo que diz respeito a este reino.

Sobre todas estas bases sólidas, não há dúvida de que o buscador poderá trilhar o Caminho com segurança e chegar realmente muito longe.

Da obra "Magia Branca & Teurgia - Oriens et Ocidens", LAWS.

Somos responsáveis pelos males do mundo


Somos responsáveis pelos males do mundo, seja como ignorantes ou como sábios.

Como ignorantes, somos responsáveis pelos males do mundo, quando alimentamos ilusões de conhecimento e de sabedoria sobre as nossas próprias necessidades e as alheias, quando na verdade temos ainda inúmeros preconceitos e praticamos separatismos, nos recusando a compartilhar a nossa luz, mantendo uma linguagem sectária e elitista, e desprezando tudo aquilo que o outro ainda tem a nos oferecer, seja por saber mais ou por ter mais fé, refutando as nossas responsabilidades de participação, de seguir sempre aprendendo e de ensinar, e deste modo nos afastamos de Deus em nossas vidas.
E também quando confundimos conhecimentos e experiências menores, com saberes e realizações realmente sólidos que fariam de nós verdadeiros iniciados, unidos interna e externamente –porque uma coisa leva inexoravelmente à outra-, para auxiliar a nós mesmos e ao mundo a evoluir e a sair da sua lamentável situação atual.
E então permanecemos isolados, apequenecidos e debilitados, como gosta o inimigo que quer separar para dominar, alimentando falsos saberes e presunção como drogas para confundir as mentes e reduzir os corações. Sim, o inimigo sedutor dentro e fora de nós, que quer iludir o nosso ego dizendo sermos muito sábios, que a auto-realização é fácil e que a culpa dos males do mundo é dos outros. Quando na realidade seguimos ainda as palavras de mensageiros menores ou de falsos profetas, ou ainda acreditamos em ensinamentos antigos e defasados ou mesmo distantes e exóticos, ou então por falta de orientação espiritual autêntica, confundimos uma pequena graça alcançada (nem sempre com esforços regulares) com realização de alta monta, ouvindo assim apenas a voz das nossas mentes insuflada pela vaidade e a ignorância.

Como sábios, somos responsáveis pelos males do mundo, quando nos sentimos responsáveis por melhorar as coisas, admitimos a necessidade de empreender esforços e vamos à boa luta, tratando de melhorar como pessoas e de nos aproximar do nosso próximo, sabendo que cada um carrega uma parte de verdade e de bondade, estando abertos a aprender até com uma formiga, e que somente a soma de tudo isto é que nos aproxima realmente de Deus.
E também quando buscamos a Verdade naquilo que é mais útil para a nossa a evolução espiritual, sem nos confundir e nem nos acomodar com ensinamentos que vendam ilusões ou seduzam o nosso ego, e quando praticamos o discernimento no dia-a-dia tratando de crescer como pessoas e nos aproximar do próximo, colhendo aquilo que ele tem a oferecer de bom em termos de saber ou de fé, acatando daí as nossas responsabilidades de nos integrar, de aprender e de ensinar.
E então buscamos seguir a vontade divina para superar as nossas limitações pessoais, quando mesmo tendo gostos e necessidades particulares, respeitamos e acatamos os valores dos outro, buscamos a união com o próximo e o fortalecimento das causas transformadoras que unem e criam realmente as novas coisas para todos, identificando corretamente a boa guiança e a orientação maior, dentro e fora de nós, e ouvindo assim a voz dos nossos corações.

E assim, como sábios ou como ignorantes, somos sempre responsáveis pelos males do mundo.