“Apenas os pequenos segredos precisam ser guardados, os grandes ninguém acredita” (H. Marshall)

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Da depressão à renovação

por Luís A. W. Salvi (LAWS)
www.agartha.com.br


 A depressão é, com efeito, um mal maior dos nosso tempos, e reflete pontualmente a sua natureza crítica – estes tempos de confusão, de opressão, de transição, de renovação...

É um assunto sintomático da maior gravidade e não pode ser negligenciado. Está diretamente relacionado ao fechamento dos caminhos da humanidade, quando o ser humano se vê num grande impasse, com ceticismo ante as coisas, não tendo como escoar as suas energias, ante um inimigo que considera invencível e quando não existem esperanças; tudo isto pode resultar em depressão, que hoje atinge todas as camadas da população.

A depressão resulta portanto da castração da auto-expressão, exercida através da repressão e da violência. A depresessão é outro nome para este desespero contido, a angústia existencial profunda que também se reflete no aumento dos suicídios e em outras enfermidades sociais, sendo prova decisiva daquilo que alguns ainda teimam em recusar: o fato de que a humanidade se encontra ante de um beco-sem-saída. É natural não admitir situação, porque ninguém gosta de reconhecer isto, já que fazê-lo revela uma impotência e tende a jogar as pessoas em depressão.

A humanidade tem tentado muitos “caminhos”, e todos deram com os burros n’água... É que o ser humano não compreende as realidades da vida, ou não é capaz de administrar a Unidade das coisas. Porque a Criação é uma realidade divina, por isto o ser humano não pode caminhar seguro afastado das Forças espirituais reveladas.
Coragem, criatividade e esperança são a chaves para se libertar da depressão. Assim como a libertação de si mesmo, e a abertura ao Todo. Porém, onde conseguir tais “energias”?

Contudo, as profecias trazem as respostas, inclusive as profecias maias-nahuas para 2012. Hoje as soluções estão sendo felizmente apontadas outra vez, em benefício da renovação das coisas.

E esta solução apenas poderia ser irisada, holística, para o Todo enfim. Não se trata portanto de anunciar mais uma escola, mais uma doutrina, uma nova seita, um novo recurso científico... mas sim um Todo abrangente, ou seja: a própria renovação da civilização.

Na prática, isto se dá através da reorganização da própria civilização, da readequação dos modelos culturais humanos, que são as próprias cidades. A Cidade Nova, pensada em todos os matizes da existência humana, é a resposta definitiva para a renovação do mundo. Uma cidade feita por e para as pessoas que buscam realmente o novo: a fraternidade, a espiritualidade e a ecologia.

O pássaro da esperança já pode voltar a cantar!

3 comentários:

  1. "Tushita é o estado de felicidade por excelência ...a conquista da verdadeira felicidade depende de elevado poder espiritual adquirido, pois se trata da posse da luz."
    "O Livro do Dharma"

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  2. Nesta relação muito sumária, além dos perenialistas de ontem e de hoje, guias da Tradição Perene ou do "caminho sem caminho", defensores do privilégio à intuição intelectual, ao verdadeiro e tradicional μέθοδος (meta-hodos; hodos = caminho; meta = além do), indicam-se também àqueles eventualmente por eles referenciados e outros que consideramos notáveis, especialmente por seus próprios passos na trilha do verdadeiro conhecimento, recolhendo como abelhas na floração da Tradição, aqui e acolá.. Vale lembrar, como esclarece Miguel Asin Palacios em seu estudo sobre Ibn Arabi, que a vida espiritual de há muito é considerada como caminho e combate. Citando Santo Agostinho, que a denominava "viagem e caminho" (iter, via), e João Clímaco que a chamava xeniteia (viagem ao estrangeiro), Asin Palacios acentua a dimensão luta, combate da alma contra os vícios, para vencê-los e adquirir as virtudes opostas. Os ascetas cristãos a chamavam por isto de agonisma, como os muçulmanos de mochahada.

    Whitall Perry nos oferece inúmeras citações dos caminhantes em seu magnífico Tesouro da Sabedoria Tradicional. Em um dos capítulos dedicado à Peregrinação, nos introduz ao tema apresentando brevemente a noção tradicional de "Caminho":

    Tao pode ser traduzido simplesmente como “Caminho”, assim como no budismo, o Maha-yana é o “Grande Caminho”, e no Hinduísmo o Deva-yana é o “Caminho dos Deuses”, enquanto na cristandade Cristo diz, “Eu sou o Caminho”. No judaísmo, Moisés conduz os israelitas para fora do Egito e mostra o Caminho para a Terra Santa, também no Islã o Profeta conduz o Caminho à Meca. Interiormente este é o “Reto Caminho” (sirat al-mustaqim; a tariqah sufi = Caminho), o “Caminho Estreito” dos Evangelhos, e “Estrada Vermelha” dos Sioux, ou “Santo Caminho” (Shodo) dos japoneses. Todos estes Caminhos alcançam sua confluência no Eixo do Mundo, que une os deferentes estados do ser a sua Fonte incriada. O Caminho pode igualmente ser visto como uma Peregrinação (a Jerusalém, Meca, Lhasa, Benares, Ise), ou como a Demanda (do Santo Graal), do Paraíso Terrestre, da Fonte da Imortalidade) ou a Viagem.


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  3. ''A depressão resulta portanto da castração da auto-expressão, exercida através da repressão e da violência. A depresessão é outro nome para este desespero contido, a angústia existencial profunda que também se reflete no aumento dos suicídios e em outras enfermidades sociais, sendo prova decisiva daquilo que alguns ainda teimam em recusar: o fato de que a humanidade se encontra ante de um beco-sem-saída. É natural não admitir situação, porque ninguém gosta de reconhecer isto, já que fazê-lo revela uma impotência e tende a jogar as pessoas em depressão.
    Postado por Editora-Livraria sempre com novos lançamentos às 12:50 ''

    Dejando atrás al hombre extensible y al hombre traspasado
    llegué ante la puerta de todos los júbilos, la del Verbo desellado
    de sus restos mortales, formando lo nuevo, creando fuego
    a partir de la verdad, y fortalecido por mi verde fe llamé.
    Así llegarás tú al país lavado y desierto de tu desafío.(RENE CHAR

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