O xamanismo representa uma forma de cultura, de religião e de espiritualidade que tem acompanhado a humanidade desde épocas imemoriais. Considera-se amiúde porém que o xamanismo tem sido superado pelas religiões mais atuais da humanidade, quiçá desde o período atlante. E neste caso, será que o xamanismo simplesmente desapareceu e perdeu completamente o seu valor?
Dizer que ele desapareceu não é possível, afinal restam ainda muitas sociedades bastante antigas no planeta que preservam razoavelmente as suas tradições. E quanto a ter perdido a sua importância tampouco podemos afirmar realmente, porque os fundamentos do xamanismo são eternos, e neste caso eles apenas têm sido mais limitados em muitos casos a certas etapas da formação humana. Estamos falando pois da formação do ser humano individual, sua infância, adolescência e juventude em especial.
Da mesma forma como a humanidade inaugurou a sua espiritualidade através do xamanismo, o mesmo acontece na existência de muitos iniciados através dos tempos, e com o Novo Buda isto não seria diferente, como o grande e precoce buscador da Verdade que foi, quando necessitou resgatar as raízes da espiritualidade humana a partir das suas mais remotas origens. Tal coisa demanda não apenas um forte envolvimento com a Natureza, como também o conhecimento de recursos mágicos ou místicos que ela pode oportunamente oferecer, além das provações que são caraterísticas das práticas xamânicas.
Naturalmente esta não é nenhuma generalização; da mesma forma como nos tempos primitivos nem todos foram xamãs, também agora poucos são as pessoas cujas infâncias se prestam da mesma forma a uma autêntica experiência xamânica.
Algumas Escolas de Mistérios afirmam que em cada reencarnação devemos refazer todas as nossas iniciações. Porém em alguns casos é pedido também que o Iniciado recupere até mesmo aquelas pré-iniciações mais primitivas que estão nas bases da espécie humana. De todo modo, tudo isto estaria à disposição de cada ser humano ao qual o carma possa auxiliar a acessar uma evolução maior.
Contudo, tudo começa realmente na mais tenra infância, senão mesmo no próprio nascimento do Avatar. Ora, o xamanismo é considerado como uma espiritualidade relacionada à infância da humanidade, quando a nossa espécie deve aprender a se relacionar com os Elementos naturais em todos os seus níveis, inclusive em termos religiosos, ainda que a forma xamanista de religião possa ser em muitos casos bastante diferente daquilo que se pratica hoje em dia.
A formação espiritual da criança pode ser também como uma experiência xamanista em função dos desafios que sempre representa para a criança em evolução, e em alguns casos tais desafios podem chegar a assumir proporções realmente assombrosas, trazendo não raro à mente aquele ditado que diz “-Se não me mata, me fortalece”.
Ainda que os fatos sempre sejam sugestivos a respeito da natureza das coisas, existe sempre uma margem de incertezas ou de variáveis que desafia o entendimento claro das realidades. E é aqui que o conhecimento simbólico e estrutural tradicional pode contribuir muito para reduzir as dúvidas e auxiliar a organizar o mundo como cabe.
A existência de diferentes estruturas de evolução para as distintas etapas da vida pode causar estranheza, e no entanto este fato seria um simples reflexo da própria natureza das energias com que o ser humano deverá trabalhar cada etapa da sua existência.
Ocorre que o ser humano é uma espécie com muitas distinções dos demais reinos da Natureza, tanto físicas como psíquica, mentais e espirituais. Os cientistas sempre acharam curiosa –para os nossos presentes propósitos- a longevidade da infância da nossa espécie. Porém isto tem um objetivo muito claro que é justamente a formação de uma mente ou espírito mais complexo que os demais reinos da Natureza.
Na obra “Educação na Nova Era” Alice A. Bailey afirma que no futuro a educação social voltará se identificar a com a iniciação espiritual regular. Ora não existe qualquer motivo de assombro para tal afirmação à luz das práticas das sociedades antigas, das quais a Sociedade Védica (ou Brahmanista) desponta todavia como a mais representativa, pese também as distorções sofridas pelo sistema com o passar dos séculos.
Não obstante, pode ser necessário fazer aqui ainda algumas distinções, posto que o termo “educação” abarca um longo período da existência humana, havendo inclusive modelos sábios de educação vitalícia.
Ora, sempre olhamos com certa desconfiança a aplicação de técnicas espirituais em crianças, apesar de reconhecermos que para alguns efeitos isto até pode ser positivo. Contudo há sempre que estarmos em alerta contra nossas tendências enquanto adultos de tentar impor elementos inadequados às crianças.
A chamada “educação” prima pela completa inconveniência e reflete no mais das vezes apenas as ideologias e as próprias taras dos adultos. Religião, política, ciências e sexualidade são inculcadas em crianças de tenra idade apenas porque os adultos não compreendem a infância e como que querem dela se livrar o quanto antes formatando as pequenas mentes em robôs dos seus próprios desejos e inclinações, forçados que são em assimilar todas estas informações sob pena de tornarem-se párias e enjeitados já em seus próprios lares e depois no conjunto da sociedade.
A rigor consideramos porém –e seguindo certa analogia estruturalista praticada na Antropologia-, entre a evolução cultural com a formação do espírito humano- que a infância está mais próxima da ideias do xamanismo, enquanto que a adolescência possui uma afinidade natural com a própria religião, e a maturidade sim com a espiritualidade iniciática.
Nos relatos xamânicos, é comum o candidato ser colocado em posição desafiadoras para estimular as suas forças latentes. A existência da criança e do jovem são comuns situações que demandam esforços especiais de adaptação, levando-a cedo a se habituar a administrar perdas e ganhos.
Muito daquilo que se passa nos primeiros anos, numa infância e adolescência entremeadas por desafiadora, mas também tal como de auto-superação e com experiências espirituais e religiosas, contribuem para levar a pessoa até um autêntico despertar espiritual, levando-o até situações limites e crises de identidade.
A infância humana é análoga então à evolução humana Elementar iniciada pela Revolução Cognitiva de 50 mil anos atrás, com seus Quatro Ciclos com analogia dos 4 Reinos da Natureza: Mineral, Vegetal, Animal e Humano.
E isto também significa que a própria humanidade ainda vive a sua “infância” espiritual, razão pela qual necessita ser tutelada pelas Hierarquias de Luz. A fase propriamente Elementar estará se encerrando com a Nova Era, fechando assim os 52 mil anos da evolução primária humana, ao passo que à ronda seguinte tocará o “corolário” deste seu amadurecimento e a chegada na sua maioridade espiritual.
De modo que todo este quadro deve ser organizado em termos de ciclos, visando a evolução contínua e o ritmo natural da evolução, com todas as provações que os processos evolutivos também naturalmente devem trazer.
Para isto empregaremos as estruturas do chamado Triângulo de Pitágoras que contempla em suas três faces um panorama completo da evolução humana (ou pelo menos até uma certa altura avançada da existência), em termos de Cosmologia, Alquimia e Hierofania -a Astrologia, em sua versatilidade, pode ser enquadrada em todas elas. Especialmente em nosso caso da sua face de base quaternária, cuja matemática complexa é sabidamente de 4x4+4=20 unidades.
E como símbolo Elementar, podemos buscar símbolos quaternários conhecidos como o da Roda da Medicina xamânica, comparável num primeiro momento ao chakra-raiz de quatro pétalas da ioga, Muladhara, tal como à sefira básica Malkut da Árvore sefirótica, abaixo.
Raízes de Três Culturas: Roda da Medicina, Malkuth e Muladhara Chakra
O fato nos remete também à fórmula completa dos Elementos cosmológicos que é circularmente quádruple, ou seja: 4x4. E inserindo a Quintessência como corolário na sequência, teremos os 20 anos desta primeira parte “pré-iniciática” da existência humana –e que é também o ciclo maia katun, análogo ao calendário de 20 dias/signos do “mês” meso-americano.
Contudo, ao invés de subdividir analogamente o período em quatro setores (como nas “semanas” maias de cinco dias ou 4x5), optaremos antes por cinco divisões de quatro anos ou 5x4, visando incluir pois a energia de síntese ou de quintessência como corolário final.
Tal coisa também pode ser melhor compreendida através do emprego esotérico do Teorema de Pitágoras (no caso, pelo lado reto maior de base “4” do triângulo), tal como demonstramos também na Capítulo “Arqueometria da Evolução divina” da sequencia na presente obra, assim como em “As chaves iniciáticas do Teorema de Pitágoras” na obra “Simbolismo Universal” (da Série “A Doutrina Secreta Revelada”).
Acreditamos que esta repartição possa ser também simbolizada pela cruz hindu de quatro suásticas, abaixo com as etapas correspondentes.
OS 4+1 CICLOS FUNDAMENTAIS (4X5 ANOS)
I. Primeira Infância: Terra
II. Segunda Infância: Água
III. Primeira Adolescência: Fogo
IV. Segunda Adolescência: Ar
V. A Primeira Maturidade: Éter
Postas estas colocações iniciais, partimos então para analisar sumariamente a natureza de cada um destes cinco ciclos primários da evolução humana.
1. A Primeira Infância: Elemento Terra = 1 a 4 anos de idade
A Primeira Infância é aquela que sucede ao nascimento do ser humano, representando certamente o primeiro “rito-de-passagem” pelo qual atravessa o ser humano.
Se a terra é como um útero, o próprio útero é também reciprocamente como uma terra. Ela pode sair do útero mas logo recebe um lar que será como uma terra para a semente vicejar física e psiquicamente. A criança aprende com isto a trabalhar com o espaço.
Este é pois o momento para o “aterramento” humano, a fase em que a consciência começa a assimilar as impressões que recebe do mundo. A analogia com o Reino Mineral também se exerce superiormente aqui pelo aprendizado da fala e do manejo da palavra.
Naturalmente a figura da mãe aqui é fundamental, como uma espécie de porto seguro contra as incertezas destas primeiras impressões da consciência. Através dela a criança conhece então o aspecto nutridor da Natureza.
É antigo o debate sobre a verdadeira condição em que o ser humano nasce. Várias teorias buscam dar a sua própria contribuição. Uns creem na bondade inata do ser humano, enquanto para outros ele nasce como uma “folha-em-branco”.
Rousseau era otimista e Maquiavel era pessimista sobre a natureza humana. Contudo na realidade sequer existe algo que se possa chamar de “natureza humana”. A reposta da folha-em-branco -tal como apregoava Locke- é certamente a mais abrangente de todas as possibilidades.
Existe também a ideia do Pecado Original, relativo às próprias limitações natas do ser humano. Não obstante, o próprio nascimento pode ser um acontecimento capital, e seu simbolismo cósmico é inclusive usado para organizar os temas astrológicos individuais.
Certamente esta também pode ser uma etapa de grandes provações. Nem toda criança tem a sorte de ser bem recebida no mundo, as vezes até por razões aparentemente incidentais como num parto traumático.
De sorte que não poucas pessoas acumulam traumas da sua primeira infância, afinal a sensibilidade do ser humano nesta fase inicial da vida é realmente sem igual. As pessoas não têm normalmente como aquilatar a natureza praticamente épica das emoções das crianças nesta sua primeira fase da vida...
Mas ao mesmo tempo, é quando a criança começa a se robustecer internamente. E neste aspecto também há vantagens porque, pese a sua fragilidade aparente, ela também é forte para encarar as provas porque não tem nenhuma memória de medo. Mesmo que a dor se repita passo a passo ela também aumenta a sua resistência, como parte mesma do seu aprendizado de vida.
2. Segunda Infância: Elemento Água = 5 a 8 anos de idade
Esta segunda fase da vida está marcada pelo Elemento Água, porque agora a criança está realmente pronta para manifestar emoções. Naturalmente estamos falando de relacionamentos, que decorrem de início com os próprios irmãos, que começam a surgir como pessoas reais nesta fase, o que também costuma ser um outo impacto sobre o conforto físico e emocional da criança.
Naturalmente a presença paterna surge nesta fase como o outro pilar na vida da criança, à medida e, que começa a precisar dividir a mãe, quando o pai leva a criança para onde ela necessita agora ir, e isto será uma novidade e uma aventura para ela. Desta forma a criança aprende a lidar com a autoridade, que conhecerá também na escola.
A água flui, e a criança se expande discretamente então pelos entornos, realizando atividades sociais com novos amigos e colegas. O jovem pode começar a se envolver artes como cantos e danças, despertando assim para a experiência e estética.
Nesta etapa o esporte e o lazer também entram na vida da criança, aproximando-se da Natureza exterior e exercitando os seus próprios limites.
A escola tem lugar e com isto uma grande expansão de relacionamentos se potencializa, juntamente com uma multiplicação de atividades, com os decorrentes reflexos emocionais que acarreta, levando-o a aprender a administrar decepções e frustrações.
O resultado disto é a formação e a consciência de uma rotina, ou de um ritmo de vida, permitindo começar com isto a realizar planejamentos. E a criança aprende com isto a trabalhar com o tempo.
3. Primeira Adolescência: Elemento Fogo = 9 a 12 anos de idade
Na sequência tem-se a fase associada ao Reino Animal, quando o adolescente avança nos esportes e na vida social, vindo a alcançar também a sua puberdade.
Aqui a intensidade dos relacionamentos sociais aumenta em todas as direções. É o momento do jovem conhecer o bullyng social, como agente ou como paciente.
Os relacionamentos com o reino animal também podem avançar, seja tendo animais de estimação, seja para fins de lazer ou de trabalho, especialmente entre os jovens do meio rural.
A literatura nativista sul-americana chegou a valorizar estas experiências de juventude. O poeta e escritor romântico argentino Ricardo Guiraldes, filho da aristocracia rural, se interessou pela Teosofia e pelo Orientalismo, antes de concluir a sua obra principal “Don Segundo Sombra" no começo do século XX.
Esta novela rural com traços autobiográficos trata de um jovem fidalgo que realiza toda uma iniciação na vida gaudéria, servindo ao seu crescimento como homem e como ser humano, enfrentando os desafios da lida rural e aprendendo com os mais experientes. Contudo ao chegar na maioridade termina por abandonar praticamente este mundo para se dedicar aos estudos na cidade.
Outro tanto acontece com os caçadores. Bem ou mal, são formas de se colocar junto à força dos elementos, no lombo das bestas ou na espreita da caça, no conhecimento das marés ou na travessia dos charcos, servindo daí para reforçar a sua fibra humana. Poucos adultos se sujeitam a este tipo de lida (ou a alguma coisa relacionada a isto) por simples gosto fora da juventude. E se o jovem puder depois refinar toda esta energia com uma educação superior, melhor ainda será...
De certo modo este processo reproduz aquilo que aconteceu na admirável cultura indiana, quando evoluiu de uma sociedade pastoril para uma cultura mais refinada e espiritual -sem perder todavia as próprias raízes rurais, solidamente fincadas nos seus mitos e cultos tradicionais.
4. Segunda Adolescência: Elemento Ar = 13 a 16 anos de idade
O final da adolescência decorre então sob as energias do próprio Reino Humano, de modo que o jovem se prepara para se tornar um adulto.
Esta fase desperta de forma especial a sede pelo conhecimento, a autonomia se afirma e com suas forças aumentando o jovem aspira pelas novidades que possa descobrir no mundo e nele se expandir.
O conhecimento passa a lhe estar agora mais acessível, pode também comparar as coisas e adquire assim sentido crítico. Entra assim num ciclo de contestação, rebeldia e transgressão, visando impressionar seus colegas e para fazer a corte no campo da sexualidade.
O jovem almeja agora expandir os seus ciclos sociais e de conhecimentos. Os relacionamentos assomam agora ao primeiro plano, e ele passa ademais a conhecer mais sobre a humanidade, suas mazelas e benesses.
Viagens passam a ser um apelo irresistível e serão sempre bem-vindas, como uma forma de crescimento mental e de expansão da consciência.
Além disto as experiências místicas espirituais também podem se tornar mais comuns e regulares, sua curiosidade aspira pelo exótico e ele tem abertura para o diferente, daí ser normal o adolescente iniciar-se no mundo das drogas nesta fase e também na sexualidade, especialmente no caso das meninas.
5. A Primeira Maturidade: Elemento Éter = 17 a 20 anos de idade
O começo da vida adulta traz um impacto na vida do ser humano, pois agora ele começa a conhecer verdadeiras responsabilidades, enfrentado os desafios que o destino lhe reserva como tal.
Não seria exagero dizer que este representa o momento mais crucial da existência humana, na medida em que as decisões a serem tomadas nesta fase da vida poderão determinar o rumo de toda uma existência. Trata-se pois este momento de uma verdadeira “porta cósmica” aberta na vida do ser humano, na qual ele poderá realizar as grandes decisões da sua existência.
Daí a responsabilidade e as angústias que esta fase costuma acarretar na vida humana, porque não raramente a pessoa ainda não sabe realmente o que almeja fazer na sua vida futura.
Ao mesmo tempo todas as outras coisas também se precipitam e confundem, na vida social, política, amorosa e espiritual, como um verdadeiro turbilhão de experiências oferecendo e pedindo respostas, como um reflexo natural da energia de quintessência que caracteriza esta fase da vida.
O adulto noviço sente que a coisas se lhes escapam pelos dedos e que o tempo não basta para alcançar as repostas. Na sua angústia ele aspira inconsciente por luzes que possam lhe orientar.
Aqui pode entrar novamente então a figura paterna para orientar e aconselhar. Muitos, premidos pela insegurança e pelas incertezas da hora, desejarão ouvir aquilo que os pais têm a lhe dizer, ou atuarão de todo modo em resposta às expectativas paternas.
Outros porém, aspirando por respostas mais profundas, poderá sujeitar-se a crises e experiências diferenciadas e receber até mesmo uma Chamamento espiritual –como uma resposta do Pai celestial neste caso-, coisa nada rara de suceder na existência daqueles que tem vocação espiritual nesta altura da vida, a fim de que possam tomar um curso espiritual fecundo a partir de uma dedicação precoce como pede um trabalho bem-sucedido nesta via de realização.
Conclusões
Neste trabalho podemos verificar o quão a magia pode penetrar na vida humana em tenra idade sob diferentes formas, não raro de maneiras que não consideramos com tais mas que, para um jovem ou uma criança podem ter exatamente este papel, e como o xamanismo em especial acha-se muito relacionado com a formação biológica e natural do ser humano, tendo um papel natural na infância e na adolescência.
As situações probatórias já infância e na adolescência vão naturalmente muito além das estreitas fronteiras do lar, porém este não será tema para ser abordado nesta obra, quiçá apenas as consequências da má educação para o conjunto da sociedade na forma da manipulação social, cultural e econômica.
O contato com a Natureza, os esportes e as experiências com as drogas podem jogar com aspectos bastante tradicionais do xamanismo, ao passo que os desafios da educação e dos relacionamentos também podem conter aspectos importantes de feitiçaria com os quais também aprendemos a cedo lidar. Mesmo afastando-se dela com todas as suas forças, a feitiçaria nas suas diferentes formas de manifestação termina sendo uma companhia constante de todo o iniciado.
É lamentável como a humanidade ainda pouco tem em conta a enorme importância da infância na formação do ser humano, e naturalmente tal coisa pouco ajuda para qualificar a vida precoce das pessoas. A própria intensidade absurda com que uma criança sente as coisas já faz uma enorme diferença, dado o seu elevado grau de espírito de presença nas coisas.
A ideia é que da mesma forma como o xamanismo contribui na formação da espécie humana, ele também faz o mesmo em relação ao indivíduo. Seria até mesmo possível estabelecer calendários de analogias para isto, comparando os estágios do xamanismo com as etapas de infância e da adolescência em especial, e até mesmo da própria vida adulta num dado sentido.
Da obra "Pedagogia Áurea", Luís A. W. Salvi
Ver também
Arqueometria da Evolução Divina
Sobre o Autor
Luís A. W. Salvi (LAWS) é estudioso dos Mistérios Antigos há mais de 50 anos. Especialista nas Filosofias do Tempo e no Esoterismo Prático, desenvolve trabalhos também nas áreas do Perenialismo, da Psicologia Profunda, da Antropologia Esotérica, da Sociologia Holística e outros. Tem publicado já dezenas de obras pelo Editorial Agartha, além de manter o Canal Agartha wTV.
Nenhum comentário:
Postar um comentário